Um Poema Clássico Sobre Oceano e Reencarnação
Augusto de Lima
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O poeta brasileiro Augusto
de Lima viveu de 1859 a 1934.
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Um dia, interrogando o níveo seio
De uma concha voltada contra o ouvido,
Um longínquo rumor, como um gemido,
Ouvi plangente e de saudades cheio.
Esse rumor tristíssimo, escutei-o:
É a música das ondas, é o bramido,
Que ela guarda por tempo indefinido,
Das solidões marinhas de onde veio.
Homem, concha exilada, igual lamento
Em ti mesmo ouvirás, se ouvido atento
Aos recessos do espírito volveres.
É de saudade, esse lamento humano,
De uma vida anterior, pátrio oceano,
Da unidade concêntrica dos seres.
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O poema “Nostalgia Panteísta” é reproduzido aqui conforme consta no volume “Poesias”, de Augusto de Lima, publicado por H. Garnier Livreiro-Editor, Rio de Janeiro e Paris, edição de 1909, 300 pp., ver p. 132.
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Para conhecer um diálogo documentado com a sabedoria de grandes pensadores dos últimos 2500 anos, leia o livro “Conversas na Biblioteca”, de Carlos Cardoso Aveline.
Com 28 capítulos e 170 páginas, a obra foi publicada em 2007 pela editora da Universidade de Blumenau, Edifurb.
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